Em um mundo perfeito, você pode controlar tudo. Seu trajeto seria sem trânsito, seu parceiro faria qualquer coisa que você quisesse, quando você quisesse, e todos usariam fones no transporte público. Mas as coisas não funcionam assim – e a maioria de nós sabe disso.
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Infelizmente, algumas pessoas não entendem isso. E por mais que seja totalmente compreensível que o seu parceiro fique bravo porque você não respondeu sua mensagem, possessividade demais e um comportamento controlador são sinais de que o problema é maior do que pensávamos.
Porque o cara controlador fica assim?
De acordo com Brandy Engler, psicóloga especializada em relacionamentos, questões de controle geralmente ocorrem devido a uma insegurança subjacente de que a pessoa seja abandonada ou traída. “Eles sentem uma falta de confiança e segurança – e vai projetar isso em sua parceira”, diz ela.
Mas um comportamento controlador existe como um fantasma, segundo ela. Ele pode ser provocado por uma leve insegurança ou por uma doença mental legítima como o transtorno de personalidade limítrofe (um distúrbio marcado por um padrão de instabilidade contínua no humor, comportamento, autoimagem e funcionamento).
O comportamento controlador manifesta-se em ações que parecem sufocantes – como, por exemplo, o seu parceiro checar o seu celular ou o computador para saber onde você está, e suspeitar dos seus amigos, colegas de trabalho, ou até mesmo membros da família. Em casos severos, isso pode levar ao abuso.
Como esse comportamento se parece
Pessoas com problemas de controle “podem ser vistas como carentes de atenção e trejeitos arrogantes e autoritários”, diz Engler. “Elas agem como se tivessem o direito de contatar você a qualquer hora e saber informações da sua vida pessoal.” Elas também podem ficar bravas se acharem que você está distante ou quando você não permite que elas chequem seu celular. Seus hábitos controladores se manifestam em ataques de raiva que são extremamente dramáticos, segundo ela.
Alguns homens com questões de controle são apaixonados e irão pedir toneladas de atenção, o que provavelmente parece ótimo no início. Mas quando você começa a sentir que eles são carentes e exigentes e se distancia pela sua segurança, eles começarão a pedir por mais atenção ou controle sobre você, segundo Engler. “Se você não consentir, eles irão desvalorizá-la – tornam-se emocionalmente ofensivos ou, pior, fisicamente abusivos com eles mesmos ou com você”, diz ela.
O que fazer
Se o seu parceiro parece mais carente do que as outras pessoas com quem você já saiu, ele pode ter somente questões de insegurança que podem ser resolvidas na terapia. Mas se parece que ele não confia em você de jeito nenhum, o problema é maior. “Isso é uma questão mais séria que você não pode curar”, diz Engler.
Se o seu companheiro parece um controlador, não consinta com as demandas dele. “Não o deixe checar o seu celular ou computador – isso capacita ele”, diz ela. O mesmo serve para restringir tempo com a sua família e com os seus amigos, ou qualquer outra coisa que você sabe que não é certo. É importante estabelecer limites.
Se a insegurança parece ser a raiz do comportamento, saiba que não é sua culpa, e mostre apoio ao seu parceiro sugerindo terapia. Se ele decidir que vai fazer terapia, é um sinal de que está disposto a trabalhar os seus problemas. Se não, você tem que pensar se pretende conviver com esse tipo de comportamento.